O barroco está entre as questões mais desafiadoras para os artistas, estudantes e críticos de arte - mas está também na origem da cultura artística moderna, como Giulio Carlo Argan demonstra nos ensaios deste livro. Mal afamado e quase esquecido, desde o neoclassicismo o barroco sofria de um difuso descrédito que num livro de 1929 o crítico Benedetto Croce transformou em excomunhão sumária , na expressão de Argan. Parte do problema residia na dificuldade em articular as questões artísticas aos aspectos políticos e religiosos. A arte já não tinha a pura estética entre seus principais objetivos; era retórica e artifício, persuasão, propaganda produzida num contexto de tensões religiosas e políticas. Já não se tratava de irradiação e difusão do gosto, mas de relações complexas, dialéticas e freqüentemente polêmicas. Em Imagem e persuasão, a análise erudita e sempre clara de Argan desconstrói os lugares-comuns em torno da arte barroca, muitas vezes vista como irracional, impura, pouco condizente à volta à arte clássica que se perseguiu a partir do século XVIII. Ora analisando o panorama artístico na Europa das capitais , como ele denomina o continente que já não era o das catedrais do Renascimento, ora comentando detidamente a obra de pintores, escultores, arquitetos e gravuristas como Caravaggio, Rafael, Guido Reni, Borromini, Bernini, Rembrandt e Alfieri, entre outros, Argan restitui a força vital do barroco na arte européia, indicando a sua grande atualidade e contemporaneidade.
Peso: | 995 g. |
Páginas: | 632 |
ISBN: | 9788535905793 |
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