Descrição

p strong Partindo dos bastidores de uma série de tevê da década de 1950 - e do enlouquecimento de um de seus protagonistas -, Laerte cria uma história que é ao mesmo tempo homenagem e reinvenção dos antigos programas televisivos de aventura. Ao final do livro, Rafael Coutinho ilustra oito páginas do Capitão Tigre. /strong /p p Série publicada originalmente na em Folha de S.Paulo, Muchacha /em é, nas palavras da autora, o primeiro graphic-folhetim de sua carreira. Tendo como mote os bastidores de um programa de tevê, Laerte, ao mesmo tempo que cria uma elaborada - e divertida - revisão dos seriados de aventura da década de 1950, também faz uma espécie de resgate afetivo de suas memórias de infância. br / Assim como o trabalho que vem apresentando em sua tira diária no jornal, em Muchacha /em tem inúmeras chaves de leitura. Pode-se explorar suas páginas em busca da resolução do suspense da própria trama. Pode-se buscar o humor que, se não tão óbvio quanto nos antigos personagens da autora - os gatos, o Capitão, o zelador etc. -, firma-se mais no campo das insinuações e alusões, alçando o livro a algo muito além de uma simples paródia. br / Mas as aventuras do Capitão Tigre, de Sulfana e de Milhafre - e de Lairo, Djalma, Cabayba - são também um riquíssimo jogo sobre a própria natureza das histórias em quadrinhos e, por que não, sobre como contar uma história. Quebrando constantemente a expectativa do leitor, Laerte transita entre ficção e realidade, entre drama e humor. Mas faz isso não para postular sobre os limites da narrativa ou alguma teoria do tipo, mas para abrir novas trilhas e percorrer novos caminhos na linguagem das HQs. br / Combinando suspense, romance, memória e política, em Muchacha /em vem para confirmar o papel de Laerte como uma das grandes artistas brasileiras em atividade. br / Ao fim do livro, Rafael Coutinho - coautor do romance-gráfico em Cachalote /em e filho de Laerte - ilustra uma aventura de oito páginas do Capitão Tigre. /p