p strong em O homem revoltado /em é um ensaio de um dos mais importantes e representativos autores do século XX e Prêmio Nobel de Literatura. /strong /p p /p p As obras de Albert Camus destacam em geral dois conceitos: o absurdo e a revolta. Em em O homem revoltado /em , o autor faz vários questionamentos de ordem filosófica. Coloca-se a favor da liberdade humana e da dignidade do indivíduo e contrário ao comunismo, aos regimes totalitários e ao terrorismo, pois incitam a revolta humana, os assassinatos e a opressão. Muito mais do que um ensaio, é uma obra contra os crimes de Estado, com destaque para aqueles ocorridos durante o regime stalinista. Segundo Camus, não há crime que possa ser justificado em nome da História. O autor mostra toda a sua personalidade por si só revoltada, com o objetivo da superação e da procura de um caminho, já que termina de escrever o livro alguns anos após o fim da Segunda Guerra Mundial. Apesar da morte precoce, Albert Camus deixou um legado para a sociedade e para cada indivíduo, iluminando os problemas da consciência humana. /p p Quando foi publicado pela primeira vez em 1951, em O homem revoltado /em valeu a Albert Camus um verdadeiro linchamento promovido por intelectuais franceses encabeçados pelo romancista e filósofo Jean-Paul Sartre. O ataque de Camus aos crimes perpetrados em nome da revolta repercutiu mal, e ele ainda foi acusado de defender a liberdade de forma simplista, privilegiando a questão individual. Foi assim que, por várias décadas, a complexidade de seu pensamento foi reduzida a uma tese de direita. /p p Stálin ainda vivia, muita gente começava a se desentender com o Partido Comunista, mas apesar disso Camus não podia ser perdoado ao criticar igualmente a violência e o totalitarismo de direita e esquerda. Não se podia aceitar uma crítica tão forte contra as prisões e os assassinatos perpetrados em nome da revolução. O novo humanismo de Camus - talvez por vezes contraditório, mas certamente sincero - era repudiado radicalmente. /p p A amargura do consagrado autor de em O estrangeiro /em e em A peste /em foi canalizada então em 1956 com A em queda /em , romance-monólogo de impressionante expressividade e força. No ano seguinte, Camus era reconhecido pela Academia Sueca e recebia o Nobel de Literatura. Ainda assim, suas ideias não chegaram a ser reabilitadas pelos que as atacaram. Livro ambicioso que é talvez um dos mais enfáticos e apaixonados libelos antiautoritários já escritos, em O homem revoltado /em continuou sendo tratado com a frieza e a acomodação que critica tão veementemente. /p p Mais de 50 anos depois de sua primeira publicação, com as disputas ideológicas e os questionamentos existenciais da humanidade radicalmente deslocados de seus eixos, o livro adquire uma dimensão especial. Não é possível mais ignorar crimes contra a humanidade, sejam quais forem seus pretextos revolucionários. A revolta não desculpa tudo. É assim que o humanismo proposto por Camus revela-se fundamental para aqueles que preferem defender os seres humanos antes de defenderem sistemas teóricos abstratos. E é por isso e muito mais que em O homem revoltado /em é um dos livros mais importantes do século. /p p (Da orelha de João Domenech Oneto) /p
Peso: | 360 g. |
Páginas: | 400 |
ISBN: | 9788501111258 |
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