O mundo está ficando cada vez menor, é o que costumamos dizer, referindo-nos ao fenômeno da globalização. Por essa razão, o convívio com outras culturas parece ser o desafio do nosso tempo. Por outro lado, o contato entre culturas diferentes não é coisa nova, sempre fez parte da história. Uma longa tradição atribui ao olhar do estranho - do selvagem, do camponês, do animal - a capacidade de desvendar as mentiras da sociedade. E por quê? Por que, na Idade Média, durante os funerais dos reis da França e da Inglaterra, levava-se em procissão um boneco chamado representação ? Você mataria um mandarim chinês desconhecido se lhe oferecessem um bom dinheiro? Jesus era cristão? Por que recorremos com tanta freqüência a metáforas visuais como perspectivas ou ponto de vista ?Nessas reflexões sobre a distância , o historiador Carlo Ginzburg mostra que é impossível contar a história da civilização européia sem falar de seus contatos com outras civilizações. Cada um dos nove ensaios reunidos desenvolve uma idéia escolhida pelo autor como representativa desses contatos. Cada idéia é exposta através de pontos de vista diferentes, e nas correspondências entre essas diferentes perspectivas descobre-se a continuidade do pensamento de um dos mais importantes historiadores da atualidade. Olhos de madeira nos ensina que o convívio com os outros constitui não apenas uma experiência enriquecedora, mas é o desfio de toda a história.
Peso: | 415 g. |
Páginas: | 328 |
ISBN: | 9788535901535 |
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