Pode-se dizer deste livro que ele é um clássico moderno. Publicado pela primeira vez em 1962, seu público leitor só fez crescer desde então. O título - Para viver um grande amor - parece exercer sobre nós um grande fascínio. Vinicius de Moraes não decepciona seu leitor. E talvez devêssemos acrescentar: ele nunca nos decepciona, alçando-nos, ao contrário, além de nossas expectativas. Para viver um grande amor estrutura-se de modo singular: alterna poesia e prosa. As crônicas guardam as marcas típicas do gênero, como a observação aguda do cotidiano e a linguagem despojada. Mas, além disso, conforme o próprio Vinicius, há, para o leitor que se der ao trabalho de percorrê-las em sua integridade, uma unidade evidente que as enfeixa: a do grande amor . Quanto aos poemas, encontram-se, aqui, exemplares de grande força expressiva, como o impactante Carta aos Puros . Os poemas não raro tomam para si a tarefa da crônica e, então, surgem experiências como os bem-humorados Feijoada à minha moda e Olhe aqui, Mr. Buster ou o seco e dramático Blues para Emmett Louis Till . O volume abre com um caderno de imagens que reproduz originais de Vinicius e fotografias que ajudam a recriar o universo afetivo e intelectual do livro. Um posfácio do ensaísta Francisco Bosco, escrito especialmente para esta edição, lança um novo olhar crítico sobre a obra, ao passo que a sessão Arquivo recupera textos fundamentais e por vezes pouco conhecidos, como a crônica inédita em que Carlos Drummond de Andrade fala da noite de autógrafos de Para viver um grande amor.
Peso: | 300 g. |
Páginas: | 240 |
ISBN: | 9788535916492 |
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