Descrição

Tutti brasiliani, escrito pelo jornalista Ivanir José Bortot, conta a história da família que emigrou do Vêneto para o Brasil ao final do século XIX. Assim como aconteceu com milhares de famílias que, com sacrifícios, destemor e teimosia, ajudaram a criar um modelo econômico de vida no Rio Grande do Sul e no Paraná. De uma Itália dividida para um Brasil em constantes conflitos, contribuíram com valores civilizatórios. Milhões desbravaram a mata virgem, cavaram rochas em montanhas e onde nada existia a não ser miséria, grilagem e violência, construíram o futuro. Ivanir José Bortot (1954), de Pato Branco/PR, mora em Brasília/DF. Jornalista da área econômica, com passagem pela Gazeta Mercantil e Folha de S.Paulo, desde 1982 resolveu pesquisar a sua origem. Escreveu estes fragmentos de memória sobre a sua família, na Itália e no Brasil, que completa em 2020, 137 anos de imigração. As relações entre o Brasil e a Itália vêm de há muito tempo. Nossos laços se fortalecem a cada geração de descendentes sob uma identidade econômica e cultural. A partir de fatos históricos, concluímos que a imigração foi, afinal, uma iniciativa de sucesso. Sob a imagem do herói de dois mundos, Garibaldi, a trajetória da família Bortot é um símbolo da existência de tantas outras, que, apesar de uma quantidade enorme de dissabores, lutaram e venceram. Rumamos, assim, unidos, ao futuro comum entre nossas nações. Roberto Bortot br / Cônsul-geral da Itália no Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Muito já se escreveu sobre a colonização italiana da Serra Gaúcha ou da movimentação de italianos, poloneses, ucranianos e alemães para o sudoeste paranaense. Este livro vai mais longe. Numa só obra, junta as duas epopeias. Ao contar a vida da família que emigrou do Vêneto para o Brasil ao final do século XIX, Ivanir José Bortot faz, em resumo, a crônica de milhares de famílias que, com sacrifícios, destemor e teimosia, ajudaram a povoar o Rio Grande do Sul e o Paraná. O livro mostra, também, a origem desses colonos, a conflagrada Itália dividida, ainda sem identidade nacional, de cujos campos feudais saíram os milhões de imigrantes que, num Estado brasileiro, desbravaram a mata virgem, cavaram a rocha da montanha e delas extraíram o vinho, e, no outro, onde nada existia a não ser miséria, grilagem e violência, lavraram o solo vermelho e, sob os pinheirais, abriram caminhos para a civilização. O que pretendia apenas narrar a saga dos Bortot, família italiana de trezentos anos ou mais, originária da França (ou da Áustria?), converte-se em documento histórico de bravura e humanismo. E homenagem a antepassados que, tão zelosos de sua tradição, perpetuam no filho primogênito o nome do avô paterno.