O cenário é um lugarejo poeirento na província ocidental de um certo Império. Um magistrado sem nome toca adiante sua rotina de funcionário correto a serviço de uma ordem que não lhe cabe questionar: recolhe impostos, dita sentenças e pouco se ocupa dos bárbaros maltrapilhos que perambulam a esmo pelo deserto escaldante. Nas horas vagas, abandona-se à melancolia e à escavação de ruínas próximas, cobertas pela areia. Seus dias de modorra moral são interrompidos pela chegada do Coronel Joll, emissário de uma misteriosa Terceira Divisão de guardiães do Estado . Especialista nas artes do interrogatório , Joll vem da capital para investigar um suposto movimento de sedição entre os bárbaros. Os rumores a respeito são mais que tênues, o que não impede Joll de torturar prisioneiros, disseminar a histeria xenófoba e silenciar dissidentes - entre os quais o Magistrado. À espera dos bárbaros reitera as preocupações éticas que movem toda a prosa de J. M. Coetzee. O romance parte das encruzilhadas da população branca no apartheid sul-africano para construir uma profunda meditação sobre a natureza do poder absoluto, da censura, do compromisso e da moral em tempos difíceis.
Peso: | 267 g. |
Páginas: | 208 |
ISBN: | 9788535907841 |
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