Descrição
Demorei a pronunciar a palavra Alzheimer quando recebi o diagnóstico sobre a demência da minha mãe. A palavra soava com fúria para mim. Era árdua, dura e vergonhosa. Tinha peso essa palavra. Pesavam os acontecimentos, as decisões que precisavam ser tomadas, e tudo à minha volta que envolvesse a minha mãe e a minha família estava transformado. Se eu pudesse parar o tempo antes desse acontecimento, teria feito. Mas o tempo não para. A presença dela foi sempre tão valiosa na minha vida, que eu a acolhi com a demência que nem ela, nem eu tínhamos escolhido, e transformei o que vivi e convivi em relatos que poderão servir para acalmar sentimentos e corações angustiados como o meu. O Alzheimer não transforma apenas o paciente, ele transforma todos que estão ao seu redor. Você precisa escolher como quer viver essa transformação. Ou prefere não saber?