p i Diário de um filme /i narra o processo criativo e a aventura de se fazer cinema independente no Brasil a partir da realização do longa-metragem i A Paixão Segundo G.H. /i , baseado no romance homônimo de Clarice Lispector, dirigido por Luiz Fernando Carvalho e protagonizado por Maria Fernanda Candido. /p p Em primeira pessoa, a roteirista Melina Dalboni não se limita a apresentar a criação de um filme propriamente dito, mas revela a jornada emocional de todos da equipe e do elenco. Neste diário, a autora conduz o leitor a um mergulho no percurso criativo vertical do cineasta a partir da obra de Clarice e se depara com as circunstâncias externas pessoais ou não que afetam uma filmagem. /p p Na segunda parte do livro, são reproduzidas as transcrições das Oficinas Teóricas, ponto de partida para todos os trabalhos de Carvalho, realizadas para a equipe durante a fase de pesquisa e ensaios. Pelo tablado do Galpão, espaço criativo idealizado pelo cineasta, passaram nomes como Nádia Battella Gotlib, supervisora de texto do filme, e José Miguel Wisnik, Yudith Rosenbaum, Franklin Leopoldo e Silva, Rafaela Zorzanelli e Flavia Trocoli, todos grandes estudiosos e especialistas na obra de Clarice Lispector. Isso torna as palestras transcritas nesta publicação escritos inéditos incontornáveis para os estudiosos e admiradores da obra clariceana. /p p Acompanhando os textos, são reproduzidos os cadernos do cineasta, frames do filme e fotografias das fases de pré-produção e bastidores das filmagens. O resultado é um painel que atravessa as questões subjetivas e técnicas do filme, as inspirações, a vulnerabilidade de uma criação, o diálogo entre a literatura de Clarice e o cinema de Carvalho, o extraordinário i tour de force /i da atriz Maria Fernanda Candido e a busca incansável pela própria linguagem cinematográfica. /p p O filme i A Paixão Segundo G.H. /i é como saborear a conquista do impossível. Há que se discutir se algum artista já conseguiu isso. Clarice chegou perto. Carvalho e Candido também. b Walter Porto, /b i Folha de S. Paulo /i /p p A prosa altamente filosófica de Clarice Lispector encontra uma representação cinematográfica que supera todas as expectativas. O filme combina confessional, experimental e psicológico para alcançar um horror existencial com ecos de i Através de um espelho /i , de Bergman, e i Repulsa ao sexo /i , de Polanski. b Cristina Álvarez López, /b IFFR - Rotterdam /p p O estranhamento e a beleza estética do filme de Luiz Fernando Carvalho surpreendem, instigam, num apelo a que o espectador se ligue ao que ali se expõe e nos escapa no dia a dia. b Nádia Battella Gotlib, /b biógrafa de Clarice Lispector /p p Esse filme extraordinário, corajoso e requintado não se amofina diante dos desafios do original. Em vez disso, mergulha no seu tecido escamoso e delirante para daí extrair uma pérola de cinema. b Carlos Alberto de Mattos, /b crítico cinematográfico /p
Peso: | 400 g. |
ISBN: | 9786555323719 |
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